domingo, 12 de abril de 2015



O QUÊ EU LEVO? 
(mais algumas dicas do Clube Big Trail)


Bagagem

Pouca bagagem é fundamental numa viagem de moto. Umas das piores coisas de uma viagem longa é o entrar e sair de hotéis. Rotina quase diária. Montar, retirar da moto e carregar um monte de malas é tarefa que vai se tornando insuportável e acaba com o humor de qualquer um. Diga-se, numa hora em que você já está sem humor e muitas vezes de mau humor. Final de tarde, cansado, depois de ter viajado o dia todo, ainda ter que procurar hotel, se em cidades grandes, muitas vezes com dificuldade em encontrar ou escolher. Se, está em grupo então, é um inferno. Difícil contentar todo mundo.

Para tanto segue algumas dicas do que levar. Lembre-se: leve o estritamente necessário e em embalagens pequenas.


Higiene Pessoal

Desodorante, desodorante para os pés, lenços umedecidos para limpar as mãos e a viseira do capacete (embalagem em pote plástico, para fixar no guidão, ou em algum lugar que fique à mão), escova de cabelo, shampoos (60 ml), loção pós barba (15 ml), fio dental, escova de dentes de viagem (aquela que a escova entra dentro do cabo oco), aparelho de barbear, sabonete pequeno, creme dental (20g), e hidrante (100 ml).


Remédios

Gaze para curativos, curativos auto adesivos, esparadrapo micropore, emplastos Salompas (para dores musculares), Pomadas: Minancora, Picrato de Butesin (para queimadura), Hipoglós (para assaduras), Hemovirtus (para quem tem problemas com hemorróidas), Zovirax ou Aciclovir (herpes), Nebacetin, pomada para picada de inseto, Gelol (para dores musculares), Tilenol (Febre), anti gripal, Dorflex, Aspirina, comprimidos para prender o intestino em caso de diarréia, comprimidos para dor de cabeça, Tandrilax (para dor na coluna e articulações), colírio, descongestionante nasal, protetor solar 60 (100g), manteiga de cacau, cotonetes, protetores auriculares (para andar de moto e/ou para quando ficar em hotéis barulhentos), termômetro e uma faixa para enfaixar.


Vestuário de motociclista para o verão

Camiseta. Sobre ela proteções de kevlar ou plástico ABS, para costas, braços, cotovelos e ombros, num tecido leve e vazado como uma tela fina.

Calça jeans. Utilize proteção para canela e joelhos, iguais as de “Off Road”

Se preferir luva curta de couro com proteção (sem as pontas dos dedos)

Camelback – reservatório de água para colocar nas costas.

Capa de chuva (blusa e calça separados), é mais fácil vestir.

Bota de cano médio, impermeável.


Vestuário de motociclista para frio

Parca de cordura com forro

Calça de cordura com forro

Luva impermeável com proteção de kevlar, para os dedos

Bota impermeável de cano longo, para motociclista

Calça Proteção contra vento para pescoço ou baraclava.

Camisa e meias segunda pele, se preferir minhocão (ceroula) de lã.


Vestuário

Não esqueça, roupas podem ser lavadas, não leve roupa para a viagem toda, mas para uma semana no máximo. Outra opção é levar roupas velhas, usar, jogar fora e comprar novas, dos lugares que visitar.

Calça de tactel que vira bermuda, calça jeans leve, bermuda de Tactel, camisetas, sacola de pano com tênis e sandálias tipo Havaianas, meias, cuecas, e uma toalha de banho pequena.

Se frio, proteção contra vento para pescoço ou baraclava, blusa de moletom com capus, calça de moletom, luva e gorro de lã.


Diversos

Canivete suíço, câmera fotográfica, sacos plásticos zip lock à prova d’água, com carregador de pilhas da câmera, do celular e cabos. Zip Lock com todos os documentos com 2 cópias cada um (Passaporte, carta verde, habilitação internacional, carteira de vacinação contra febre amarela, identidade e documentos da moto) e caneta. 20 barras de cereal e sabão em pó para lavar roupa (100ml).

Filtro de óleo e 1 litro de óleo, para reposição. Se preferir utilize óleo sintético para alta kilometragem, para evitar troca durante a viagem. Se sua moto não tem cardã, bisnagas (50 ml) de graxa para lubrificar a corrente.


Se estiver em grupo, divida a bagagem comum por todos do grupo.

5m de corda, fita silver tape, fitas Hellerman, parafusos, porcas, arame, Durepox de secagem ultra rápida, Super Bonder, etc.

Compressor pequeno 12V,. Se as moto usam câmaras de ar leve duas, uma para o pneu da frente outra para o traseiro. Se não leve o kit para reparos para pneu sem câmaras.

Ferramentas em geral, verifique aquelas que são necessárias para tirar a carenagem, rodas e reapertar parafusos em geral, na moto


Montagem da bagagem

Se possível evite levar malas laterais. Se for necessário levar, prefira alforges. Não são tão práticos para montar e desmontar, mas num acidente não quebram. No máximo rasgam. Nada que uma boa agulha e linha grossa ou barbante, não resolvam.Na traseira da moto, um bauleto de 42 litros ou mais, ou uma mochila impermeável. Se for com bauleto e sem garupa, pode-se acrescentar uma mochila de colocar nas costas sobre o banco traseiro encostada no bauleto, pode servir de encosto em longas retas. Se ainda precisar de mais espaço, utilize uma pequena bolsa de tanque, expansível. Se optou pelo bauleto como top case, utilize uma aranha sobre este, para que não abra com os solavancos.Essa aranha também pode servir para prender acessórios de rápida utilização, luvas, balaclava, capa de chuva.



DIAS DE VIAGENS DE MOTO


https://www.youtube.com/watch?v=gTRDx8kUYGo


SEGUNDA PELE PARA O VERÃO


TECIDO HIGH-BIO (VERÃO):
Funcionalidade, Resistência, Leveza e Conforto

CARACTERÍSTICAS
- Tecido construído com Poliamida Amni Biotech e fios de Lastol XLM;
- A Poliamida Amni Biotech (Rhodia) tem ação Bacteriostática que evita a proliferação de Bactérias causadoras do odor permanentemente inserida no fio e não sai nas lavagens;
- A combinação Poliamida e Lastol não permite que a peça se deforme após o uso contínuo devido à sua alta resistência aos produtos químicos;
- Faz com que a roupa se ajuste ao corpo, sem apertar, reduzindo o atrito com a próxima camada de equipamentos;
- Ultraleve, proporciona sensação de Segunda Pele e Conforto Térmico devido a rápida transferência de calor e umidade entre o corpo,tecido e a próxima camada de equipamentos;
- Conceito “easy-care”: fácil lavagem, não precisa passar, consumindo menos tempo e energia;
- Possui propriedade UV Protection +50. Bloqueia a passagem de raios UV protegendo a pele com fator acima de 50;
- Costura Trançada, super resistente e confortável no contato com a Pele;
- Grade do tipo “Americana”, com tamanhos maiores do que os encontrados no mercado. Nosso tamanho M, por exemplo,representa o tamanho G geralmente encontrado no Brasil.

COMPOSIÇÃO:
- 87% Poliamida;
- 13% Lastol.

CONSERVAÇÃO:
- Lavagem Manual até 40ºC;
- Não usar Cloro;
- Permite Secadora com a Temperatura Mínima;
- Passar a Ferro até 110ºC;
- Limpeza a Seco – Não permite limpeza Mecanizada.

POR QUE USAR UMA 2ª PELE?

A 2ª Pele já tem seu uso comprovado e aprovado na moda, não só para compor um conjunto de roupa, mas também para proteger do frio ou calor.

No motociclismo, o uso da 2ª pele já é bastante difundido entre os pilotos profissionais e começa a ser usada entre todos os tipos de pilotos como equipamento básico para viagens.

A 100% Go Ahead fabrica dois tipos de segunda pele: as de Inverno, mais conhecidas, que são a Ultra e a Extreme (para frio extremo) e a de Verão que é a High-Bio.

Com modelagem pré-curvada, específica para o público masculino e feminino, proporciona conforto evitando o atrito entre ela e a próxima camada de equipamentos (jaquetas, calças, protetores). Devido a essa modelagem, evita o acúmulo de tecido nas articulações (internas do joelho e braço) que muitas vezes e por longos períodos de viagem, chegam até a marcar a pele do motociclista.

Na calça, possui um elástico com costura confortável, que não marca a pele e tem grande durabilidade.

Na blusa, na linha de inverno que possui gola alta com zíper, a costura feita visa o conforto, “escondendo” o zíper da pele em toda sua extensão, inclusive na parte final, onde existe uma “lapela” para proteger o pescoço.
Já na linha High-Bio, de verão, a gola é baixa, mais parecida com uma camiseta, feita do mesmo tecido, com textura agradável ao toque e contato com a pele.

A modelagem foi feita com base na curvatura da pilotagem, tanto na blusa quanto na calça, fazendo com que a roupa fique sempre ajustada ao corpo do piloto ou garupa, sem que a calça abaixe ou a blusa suba quando está em cima da motocicleta.

A linha feminina recebeu atenção especial na modelagem, respeitando as formas femininas, sem que a roupa fique apertada ou larga na altura do busto ou cintura. A linha High-Bio, possui um corte mais arrojado, com recortes que permitem o uso em vários tipos de silhueta, com mais ou menos busto, ou mais ou menos cintura, já que o tecido tem alta tecnologia em sua composição elástica.

O Tecido High-Bio possui no lugar da lycra normal (ou elastano) o Lastol. O Lastol é uma Fibra Elástica desenvolvida pela The Dow Chemical Company, que não tem suas propriedades modificadas, mesmo após várias lavagens, devido à alta resistência a produtos químicos. A peça não fica deformada após o uso contínuo e contato com cloro. O tecido se ajusta ao corpo, reduzindo o atrito e secando rapidamente, favorecendo o equilíbrio da temperatura corporal. O High-Bio possui ainda em sua trama, a Poliamida Amni Biotech, tecnologia Rhodia, que é o fio que evita a proliferação de bactérias causadoras do cheiro de suor.

Pense em uma viagem sob um forte calor.

Se você estiver com uma camiseta normal, de algodão, ela ficará toda encharcada, pois as fibras absorvem a umidade ao invés de expeli-la. Com uma camiseta de manga curta então, piora muito, pois a maioria das jaquetas tem forração para resistir à água, o que provoca retenção da caloria do corpo, causando enorme desconforto. A mesma coisa se aplica a calça: sem uma calça do tipo 2ª pele, seu corpo também fica restrito a trocar calor com o tecido, geralmente nylon ou poliéster (furadinho) da calça.

POR QUE SE EQUIPAR TAMBÉM NO VERÃO?

Um dado importante sobre a necessidade de proteção também no verão:

Você sabia que a combinação de altas temperaturas e umidade relativa alta pode reduzir drasticamente a capacidade do corpo humano de manter a sua temperatura interna correta?
A exposição prolongada do corpo, em ambientes com temperatura excessiva e umidade alta, pode causar câimbras, esgotamento físico, fadiga térmica, e até danos ao cérebro, AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Outro fator importante com relação a essa necessidade de proteção no verão é a possibilidade (em casos extremos) da Hipertermia.

A evaporação de suor é um sistema de resfriamento importante que pode dissipar calor de modo eficiente. No entanto, se os equipamentos usados criam para o corpo um ambiente quente e úmido, o suor não evapora. Isto reduz a eficiência deste sistema e a pessoa fica suscetível sim à hipertermia.
É lógico que a hipertermia é uma condição crítica, porém os dados de temperatura atualmente divulgados, somados ao tempo que um motociclista fica exposto ao sol, nos levam a fazer essa advertência.
Em condições extremas de calor, mesmo com o vento, que no caso do verão cria uma sensação térmica ainda pior, a temperatura corpórea central pode aumentar para mais de 40°C, a transpiração pode cessar, a freqüência cardíaca aumenta, a respiração se intensifica e pode ocorrer confusão mental, tontura, náuseas e dores de cabeça.
Enfim, a necessidade que se tem de se proteger do frio com roupas térmicas, é a mesma para os dias quentes.

FAROL DE MILHA EM MOTO - CONSIDERAÇÕES

Postado por Black Horse Br (Clube do Motociclismo)


     Voltando um pouco aos temas mais técnicos, optamos por escolher um dos assuntos que volta e meia surge nas rodas de papos: faróis e iluminação.
     É bastante comum se ouvir falar em faróis de milhas, faróis auxiliares e faróis de neblina. Bom, auxiliares são ambos, tanto os de milha como os de neblina.
     Existe resolução do Contran para uso desses faróis nos veiculos e seu uso fora das especificações podem gerar multas. 
     Normalmente ouvimos falar de ambos os tipos de faróis como se fossem iguais, inclusive eu mesmo já ouvi a expressão " farol de milha com lente amarela". Bom, isso não existe.

     Vamos aos faróis de milha, que como o nome já indica, é uma iluminação para longa distancia. Obrigatoriamente deve ter luz branca ( ou lâmpada incandescente, considerada branca), e tem o desenho da lente liso ou ondulado VERTICALMENTE. Isso porque a ondulação auxilia focar a luminosidade no centro e a distancia. O farol de milha, SÓ projeta luz em linha reta e só devem ser utilizados conjuntamente com os faróis altos, auxiliando o foco a distancia. Por isso existe para carros a regulamentação de altura e largura de posicionamento.É proibido seu uso como iluminação principal, em substituição aos faróis normais do veiculo. No Brasil, a maioria dos faróis de milhas, são equipados com lâmpadas de 55W, o que é proibido em alguns países pelo seu poder de ofuscamento, sendo então utilizadas lâmpadas de 30W.

     Quanto aos conhecidos como faróis de neblina, ou caça buracos, já começa por terem quase sempre sua lente amarela, o que facilita vencer a densidade da neblina ou poeira. Tem uma emissão de luminosidade HORIZONTAL, por isso, geralmente tem as ondulações das lentes, horizontais. Ao contrário do milha, ele espalha o facho de luz a curta distancia e direcionada a frente e laterais do veículo, para facilitar a visibilidade das faixas e olhos de gatos da pista. Pelo fato de jogar a luz "por baixo" da neblina, que fica a cerca de 30 cm de altura do asfalto, SÓ PODEM serem fixados na parte inferior dos para-choques dos veículos. No caso das motos o mais baixo possível fixados ao mata cachorro. Podem regulamentarmente, serem brancos ou amarelos e em nenhuma hipótese podem ser utilizados como iluminação principal.

     Ambos os faróis são auxiliares, e como tal somente devem ser utilizados em situações de necessidade. Basicamente o farol de milha, para melhor visibilidade alta e a distancia, e o farol de neblina para visibilidade abaixo da frente do veículo ( menos que o farol baixo) e lateralmente.

     Em carros a normatização é bem claro quanto a instalação desses faróis auxiliares ( quando não são originais de fabrica), e muitas vezes vemos pessoas sendo autuadas, mais por desinformação, do que por erro voluntario, como o caso de caminhoneiros que instalam quatro faróis de milha ou de neblina juntos, à frente dos veículos.
     No caso de motos, a utilização deve seguir as mesmas diretrizes, ou seja, faróis de milha, usados com o farol alto, em estradas sem iluminação, devendo ser desligado ( usando farol baixo) ao cruzar outro veiculo. Faróis de neblina, usado em condições severas de visibilidade, quando o farol baixo estiver em uso. Não ha necessidade de desliga-lo ao cruzar outro veiculo.
     O uso fora dessas situações, pode, gerar autuação do condutor. Faróis auxiliares não servem para sinalizar motos, sob alegação de aumentar a visibilidade. Isso deve ser feito com o uso direto do farol baixo e lanterna traseira.

     Quando se fala "Um farol alto mais forte", entenda que estamos nos referindo a colocar uma lâmpada mais forte no farol original. Neste caso melhora a luminosidade, mais não o alcançe, pois a lente e o refletor são projetados para a luz baixa e alta. No caso de um farol auxiliar de milha, ou longo alcançe, este é projetado para "focar longe", o que amplia o alcançe do farol alto original. O ideal é instalar um par de milhas - ou longo alcance, junto com a chave de luz alta, deixando um interruptor exclusivo para o caso de querer mantê-lo desligado.


 BOTAS  IMPERMEÁVEIS

VISITE ESTE SITE (e muitos outros):

http://www.pequenasnotaveis.net/archive/index.php?t-44296.html






PARA QUE SERVE A "SEGUNDA PELE"?

   "Como eu moro em Curitiba, e no inverno aqui é muito frio, por isso uso muito a segunda pele, ela é bem quentinha, não preciso ficar me enchendo de blusas".

     Serve para usar por baixo de roupas mais grossas, sem fazer muito volume. Por exemplo quando está muito frio se colocar uma segunda pele, um blusão de lã e um casaco estarás bem agasalhado e não sentirás frio. Algumas segunda pele coloridas também são usadas sozinhas com jeas. Ideal aos barrigudos, como eu, para destacar as banhas. Fica sexy.

     É confeccionada com malha finíssima para ser usada sob a roupa de inverno, ou como um versátil complemento de vestuário.

domingo, 5 de abril de 2015


Vai viajar de moto? Veja que cuidados para tomar antes da estrada

Itens elétricos e mecânicos precisam estar em dia para evitar problemas.
Bagagem tem de estar bem presa e deve se tomar cuidado com a gasolina.

Roberto AgrestiEspecial para o G1


Se preparar antes de pegar estrada é essencial (Foto: Raul Zito/ G1)

O sucesso de uma viagem depende de vários fatores e um dos mais importantes é um planejamento mínimo. É claro que nada impede que você saia “na louca”, tipo “fui”, mas preparar a moto evita muitos problemas.

Uma motocicleta, seja de que tipo for, é um veículo fascinante também pelo “mágico” – e por vezes crítico – equilíbrio que uma roda alinhada à outra oferece.
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Por conta desse peculiar arranjo, sabemos que moto parada não fica em pé, a não ser se apoiada no cavalete. Assim, aproveite esse momento no qual sua moto está apoiada e parada e agache-se, para olhar com atenção, de pertinho, o ponto de contato dela como o planeta Terra. Inspecione minuciosamente não só pneus, mas também as rodas.

Não é preciso ser especialista: o óbvio você já sabe: pneu novo funciona melhor do que pneu velho. Porém, cuidado com um erro clássico dos inexperientes, que é o de esquecer que os pneus “zero quilômetro” vêm com uma camada de proteção extremamente escorregadia, que exige alguns bons quilômetros para ser devidamente retirada e, só então, os pneus passarão a funcionar como devem.

Pneus
Se seus pneus tiverem já algum tempo de uso, procure por deformações, cortes ou objetos estranhos encravados na banda de rodagem. Nesse último caso, se forem pneus do tipo sem câmara, não retire o “ET” espetado na banda, uma vez que isso pode significar a abertura para a passagem do ar. Procurar um borracheiro é a melhor saída.
Pneu precisa ser analisado (Foto: Rafael Munhoz/G1)

Falando neles, nos borracheiros, consertar pneus é o negócio da categoria, mas entender de mecânica, a ponto de saber desmontar rodas de diversos tipos de moto, não. O mínimo que você deve saber antes de pegar uma estrada de verdade é ter noção de como retirar as rodas para que o profissional faça o serviço na borracha. Ter as ferramentas é fundamental, e todas motos saem de fábrica como um kit para este fim. A sua moto tem o jogo completo?

Transmissão: corrente, cardã ou correia?
Outro componente que dá dor de cabeça em viagem é o sistema de transmissão. Sua moto tem eixo cardã ou correia dentada? Se sim, parabéns, pois são sistemas que, se bem tratados (leia as recomendações no manual do proprietário), têm uma vida útil longa e não exigem regulagem. No entanto, a maioria das motos tem mesmo o velho sistema de transmissão por corrente que, junto ao famoso pinhão e a popular coroa, forma o que se chama vulgarmente de “relação”.
Corrente de moto precisa estar na tensão correta e
lubrificada (Foto: G1)

Assim como pneus, conjunto de transmissão bom é o novo. Do trio que compõe a tal “relação”, a corrente é o elemento mais delicado e que merece maior atenção – leia-se lubrificação.

Se estiver viajando por estrada de terra, a frequência dessa lubrificação deve ser grande. Quanto? Vai depender do clima: se chuvoso, pelo menos a cada 200-300 km rodados; com tempo seco, a cada 1.000 km, pelo menos. E o produto deve ser aquele moderno, aderente, mais importante em sua bagagem do que seu desodorante.

Sistema elétrico: dor de cabeça
Ainda no aspecto técnico, há dois pontos que são geradores de dor de cabeça, especialmente em motos mais velhinhas: sistema elétrico e cabos.

Ter fusíveis de reserva (e saber onde estão os fusíveis que eventualmente podem ter queimado) é outro assunto em que o manual do proprietário (ou seu mecânico) pode te ajudar. Já que vai levar fusíveis, leve também lâmpadas, ao menos três: uma de pisca, uma de freio/luz de posição (geralmente bifilamento) e a principal, e mais cara, a do farol.

Quanto aos cabos, de embreagem acelerador e (se houver) de freio, lembre-se que lubrificação é sempre bem-vinda, e que cabo duro de acionar, que range – ou ambos – é indício de problema.

De resto, evidentes conselhos são verificar se seus freios não estão no limite de desgaste, se a troca do óleo e filtro (se houver) é necessária e se o filtro de ar está devidamente limpo e desobstruído.

Viagem longa
Na hipótese de uma viagem longa, uma boa conversa com seu mecânico de confiança é necessária: ele sabe (e você deveria saber também) para quando estará programada a próxima manutenção e o que pode ser antecipado para poder viajar sem susto. Não tem mecânico de confiança? Bem, arranje ao menos um mecânico para te aconselhar o que vale a pena fazer em termos de manutenção preventiva.

Um ponto delicado para quem roda Brasil afora é o abastecimento. A qualidade do combustível varia muito e não é difícil encontrar a famosa “batizada” sendo vendida como gasolina boa. Alguns efeitos de gasolina ruim podem ser atenuados com filtros suplementares, algo que também deve ser tema de consulta a seu mecânico, que pode recomendar (ou não) esse recurso, de acordo com o tipo de moto que você tem.

Bagagem não pode ficar frouxa
Se sua moto tem malas laterais ou alforjes, assim como um baú e bolsa de tanque, sua vida está facilitada. Se não tem nada disso, saiba que quanto menos tralha se leva em uma moto, melhor.
Bagageiros ajudam nas viagens (Foto: Raul Zito/ G1)

Elásticos ou aquelas redes com vários ganchos são a clássica solução para fixar tudo à porção traseira do banco ou em um hipotético – e hoje cada vez mais raros – bagageiro traseiro.

E se você estiver acompanhando? Alforjes de cordura específicos para sua moto são uma boa solução, certamente melhor do que carregar uma mochila no peito e outra nas costas do acompanhante, coisa que reduz a mobilidade e pode cansar.

É importante lembrar aos menos experientes que uma moto – qualquer que seja – é um veículo muito sensível às variações de carga, o que pode mudar substancialmente o comportamento dinâmico em curva, frenagem ou mesmo nas retas, em situação de mudanças rápidas de faixa de rolamento.

A bagagem jamais pode ser fixada à moto de modo frouxo, que permita sua movimentação, pois isso pode ser desastroso em uma situação que exija uma manobra mais decidida.

Dá para ter conforto?
Quanto ao seu conforto, o elementar conselho é usar um traje que ofereça proteção e ao mesmo tempo não seja incômodo: algumas calças e jaquetas parecem ser o máximo em termos de segurança por conta dos elementos rígidos colocados nas partes mais afetadas em acidentes, como antebraços, cotovelos, ombros, joelhos e canela, mas, ATENÇÃO, pois o desconforto causado por essas verdadeiras armaduras pode ser mais prejudicial que usar trajes não tão extremos, mas dentro dos quais a vida é melhor...
Equipamentos de segurança são essenciais
(Foto: Gustavo Epifanio/G1)

Pelo mesmo caminho vão as proteções das extremidades: capacete, luva e botas. Aperto não pode nem nos pés, mãos e muito menos na cabeça, no entanto, um capacete bom não deve rodar na sua cabeça quando você a agita rapidamente de um lado para outro.

Uma entrada excessiva de ar, sem chance de regular a ventilação, é ruim em estrada, pois resseca os olhos, causando irritação e problemas de visibilidade. Chato também é o capacete ruidoso e contra isso a solução é difícil: ou seguimos conselhos de amigos/vendedores de lojas ou... gastamos dinheiro, pois, invariavelmente, as marcas mais caras são as mais silenciosas e confortáveis em todos os aspectos.

As luvas justas são outro problema, pois, depois de horas ao guidão, as mãos incham e elas podem causar problemas de formigamento e perda de sensibilidade.
Luvas para motociclistas (Foto: Rafael Miotto/G1)

Mesmo se você acha que o banco de sua moto é ótimo, em viagens longas, com distância acima de 500 km/dia, ele se tornará um inimigo de seu traseiro. A posição obrigada, constante, agravada eventualmente pela presença de um garupa que não permita muito movimento, faz o humor cair a níveis pavorosamente baixos.

Solução? A almofada de gel. Há modelos específicos para motos, mas até mesmo aquelas que são vendidas em casa de artigos cirúrgicos servem. Fixada com elásticos finos ou tiras de câmera de ar, certamente não oferecem um visual de concurso de beleza ao seu veículo, mas preservarão uma parte do corpo da qual dependemos de maneira fundamental em viagens de moto.

Outro acessório que é capaz de tornar uma viagem de horror em grande prazer é o para-brisa, que permite manter velocidades maiores sem que a massa de ar nos empurre para trás, fazendo com que o guidão seja agarrado de maneira como se fosse a única tábua boiando depois de um naufrágio.
Bolhas ajudam a trazer conforto em viagens
(Foto: Raul Zito/G1)

No mercado há diversos tipos de para-brisas para todos os modelos de moto, assim como as motos que já vem com este acessório podem ser equipadas com versões maiores e/ou mais altas. Este anteparo pode não ser algo que agrade a todos no aspecto estético, mas do ponto de vista prático é indispensável em viagens médias e longas.

Um toque final diz respeito à conformação e ao material das manoplas: nem sempre o que é bom para um serve para outro. O mercado de reposição/paralelo oferecem manoplas com borracha de densidades diferentes e idem com relação aos diâmetros da empunhadura. Coisa sutil, mas que pode fazer a diferença na hora de apoiar as mão nelas durantes horas, dias ou até semana às vezes. Pesquisar, buscando alternativas às originais pode trazer bons resultados.

Na próxima semana, na terceira a ultima coluna desta série “viagem” abordaremos toques de pilotagem em estradas de todo o tipo. Muita gente sabe tudo, mas muita gente nem imagina como se comportar nos caminhos que levam até nossos objetivos. Até lá.


Roberto Agresti escreve sobre motocicletas há três décadas. Nesta coluna no G1, compartilha dicas sobre pilotagem, segurança e as tendências do universo das duas rodas.



O QUE É NECESSÁRIO LEVAR NA BAGAGEM?
Escrito por Rômulo Provetti

Excesso de Bagagem na Moto


Esta é uma dúvida que assombra todo mundo durante o planejamento e preparação para uma viagem de moto que dure vários dias. O que levar na bagagem? A chave é encontrar o ponto de equilíbrio entre o máximo e o mínimo. É não levar muito mais objetos do que vai precisar ou deixar de levar o que pode ser extremamente necessário durante a viagem.

Antes de relacionar o que eu levo e considero no planejamento das minhas viagens, chamo a atenção para alguns problemas que devem ser conhecidos e considerados no pêndulo dos exageros para arrumação de bagagens:
UMA BAGAGEM EXAGERADA VAI:

• Obrigar a levar mais bolsas;
• aumentar o peso que a moto vai carregar;
• aumentar o arrasto;
• aumentar o consumo de combustível;
• aumentar o desgaste dos pneus;
• aumentar o desgaste da moto;
• aumentar o desgaste do motociclista;
• dificultar a disposição e o amarre dos objetos sobre a moto;
• dificultar manobras, principalmente em baixa velocidade ou para estacionar;
• dificultar a retirada da bagagem da moto para levar para o hotel e vice-versa.
UMA BAGAGEM MUITO SÓBRIA VAI:

• deixar um item importante para trás;
• faltar roupa para diferentes condições de clima e temperatura;
• faltar roupa adequada para os ambientes a frequentar;
• aumentar o desconforto durante a viagem;
• lavar roupas diariamente e torcer para que sequem rápido;
• aparecer nas fotos com a mesma roupa todo dia.

É claro que os pontos que relacionei, principalmente no caso de uma bagagem mais sóbria, são mera suposição. Pode ser que a viagem seja feita com a mala no exagero tanto para mais quanto para menos e não se encontre nenhuma das dificuldades citadas. Vai depender muito do estilo de vida do motociclista, do destino e do próprio desenrolar da viagem. Mas sempre é bom pensar em todas as possibilidades para não ter nenhuma surpresa desagradável. Ao mesmo tempo é bom pensar que um erro na bagagem pode tornar uma viagem um verdadeiro martírio. Mas observe que coloquei mais pontos problemáticos para bagagem exagerada que para bagagem sóbria, e isto, no meu entendimento, tem dois motivos básicos: primeiro que a tendência de todo mundo é sempre exagerar para mais e segundo que sempre será possível comprar depois da partida algo que falta. Deixar algo pelo caminho normalmente é mais difícil para o motociclista, não só pelo valor sentimental, mas também pelo valor material do bem.


Eu costumo fazer uma lista do que vou levar muitos dias antes da data marcada para a viagem, e na medida em que for planejando os demais detalhes, vou revisitando a lista para verificar se algo não foi esquecido. Alguns dias antes da viagem eu faço um teste de campo, que é pegar todos os objetos da relação e dispô-los na bolsa. É uma oportunidade para checar se cabem, como serão colocados na moto e qual o peso que estarei me sujeitando carregar, sabendo que poderei inclusive ter que subir escadas com ele.

Mas vamos logo à lista. No final desta página eu coloquei os detalhes e explicações do porque de cada um dos itens. A quantidade é para uma viagem de uns 20 dias. Na explicação de cada item poderá ser observado que alguns excluem outros, dependendo do lugar para o qual será a viagem e da época do ano:


Água mineral 

Lenço ou tubo de pescoço
 Balaclava 

 pares de Luvas
Barrinhas de cereais (ou frutas secas) 

Manual do proprietário
 Bermuda 

Mapa do percurso ou GPS
 par de Bota impermeável

Máquina fotográfica
 Bolsa para moto 

 pares de Meias
 Calças 

Objetos de higiene pessoal
 Camisetas 

 Óculos de sol
 Capa de chuva 

 Pomada para assadura
 Capacete 

 Protetor labial
 par de Chinelos 

 Protetor solar
 Conjunto Jaqueta e calça de cordura

 Remédios
 Cuecas 

 tubos de Reparador de pneu
Dinheiro e cartões 

Relação de hotéis
 Elásticos para moto 

 conjunto de Segunda pele
Ferramentas para a moto 

 rolo de Silver tape
 Flanela 

 Sunga ou 1 calção de banho
 Jaqueta de Verão 

 par de Tênis
Kit de primeiros socorros 

 Tie-Up
 Lanterna

Velas Iridium – Afinal, qual a diferença?
2 ABRIL 2014 ESCRITO POR DANIEL RIBEIRO 


Muito se comenta a respeito das velas Iridium, e se elas realmente fazem diferença no funcionamento do motor. Vou tentar explicar a diferença entre essas velas e as velas normais.

Todo motor de combustão por centelha precisa de velas de ignição. Elas são responsáveis por criar a faísca dentro da câmara de combustão no momento exato em que o combustível está comprimido, gerando assim a combustão do mesmo e, desta combustão, o movimento que faz o motor virar.

Irídio (Iridium no idioma Inglês) é um elemento metálico extremamente duro e raro, relacionado a platina. Além de sua dureza, a principal propriedade que faz o Irídio atraente como um material eletrodo para as velas de ignição é o seu altíssimo ponto de derretimento (quase 2.500 ºC).

O Irídio não é um excelente condutor energético, por isso ele é usado em forma de liga, misturado com outros metais como a platina, cobre e zinco, desta forma, se tornando uma liga extremamente dura, com alto ponto de derretimento e excelente condutividade elétrica.

Tradicionalmente as velas de ignição possuem eletrodos de cobre ou platina.


Sendo então um metal mais durável e resistente, o Irídio permite a fabricação de eletrodos mais finos, desta forma, a tensão necessária para fazer a faísca na vela é muito menor, o que tem trás algumas vantagens:
Menos tensão (volts) é necessária, o que diminui a carga no sistema de ignição do motor.
Permite um espaço maior entre o eletrodo e o aterramento da vela sem aumentar a carga no sistema de ignição. Mais espaço significa uma faísca maior e portanto, aumento na eficiência da combustão.
Faísca mais precisa, sempre na posição correta e com o tempo correto, o que aumenta a eficiência da combustão.
Melhora na resposta do acelerador.
Economia de combustível (que depende mais de como você aproveita a melhora na resposta do acelerador)
Aumento na vida útil da vela. Velas de Iridium costumam ter o dobro da durabilidade.
Aumento da potência do motor (em torno de 1 a 3%)


Parece ótimo, não? No entanto, substituir as velas do motor por velas Iridium não significa ter todas essas vantagens, e cada motor vai ter um comportamento diferente com este tipo de vela. Alguns motores nem mesmo possuem uma vela Iridium recomendada como substituta de uma vela tradicional.


É o caso da V-Strom 650. Quando fui comprar as velas para minha Moto, percebi que a NGK não indica nenhum modelo de vela Iridium para ela.



O modelo original é o CR8E, então eu decidi por livre escolha, colocar as velas da V-Strom 1000 (CR8EIX).


As velas funcionam, e estão funcionando até agora (já faz 30 mil km que estou usando). Mas eu não percebi nenhuma melhoria em desempenho ou em consumo de combustível. Mas é importante lembrar que a V-Strom 650 usa duas velas por cilindro, então eu acho que mesmo com as velas originais a queima do combustível já era bem otimizada.


Tirei uma das velas para conferir o desgaste do eletrodo e ainda há bastante material para gastar, então pelo menos no quesito durabilidade, as velas estão se saindo muito bem (lembrando que o cronograma da Suzuki é substituir as velas a cada 12 mil km).



Em motores que usam apenas uma vela por cilindro (são a maioria), acho que as velas Iridium podem sim trazer algum ganho de desempenho. Porém, só o fato de durarem mais já é um bom motivo para usar este tipo de vela.

CALÇA JEANS IMPERMEÁVEL:

CALÇA JEANS STOPWATER (pesquisar preços e modelos na net)

A Calça Jeans Stopwater foi projetada exclusivamente para o motociclista. Possui revestimento interno em Jeans Denim de altíssima proteção, que possui tratamento químico especial, tornando a calça resistante a água. Conta com um desenho especial para facilitar a subida e descida da moto, jeans de baixa condutividade térmica para evitar queimaduras de fricção e costuras duplas. Protetores Evolution em EVA na lateral do quadril e nos joelhos. E possui a praticidade de ir direto para a máquina delavar junto com outras roupas. .

+ Calça Jeans Denim de altíssima proteção;
+ Jeans Stopwater, que possui tratamento químico especial, tornando a calça resistente á água;
+ Jeans de baixa condutividade térmica para evitar queimaduras de fricção;
+ Protetores Evolution em EVA na lateral do quadril e nos joelhos nível 2 de proteção CE removível e substituível;
+ Desenho especial para facilitar a subida e descida da moto;
+ Costuras duplas garantem ótima qualidade;
+ Resistência á água em até 30 lavagens, após isso, pode haver entrada de água.
Companheiros Estradeiros,

   Notei que existem por aqui inúmeras dicas a respeito de viagens pela Bolívia, hospedagem, passeios... enfim, tudo que precisamos saber para uma boa e tranquila viagem pelo país...ou melhor, quase tudo...Não vi por aqui nenhum tópico com dicas mais aprofundadas e realmente úteis para um problema que afeta, segundo as estatísticas médicas, 92% dos turistas que chegam a altitudes superiores a 2800, vindos do nível do mar e de uma hora para outra...é o tal do "mal da altitude", termo "popular" para o Mal Agudo das Montanhas (Acute Mountain Sickness, AMS). Eu, como médico, mochileiro e participante do fórum, resolvi postar aqui algumas dicas de como, se não evitar, minimizar os efeitos desse problema.
Na grande maioria dos casos os sintomas são leves e duram de 4 a 24 horas, dependendo de cada pessoa. São eles:

- dor de cabeça (95%)
- náuseas e vômitos (70%)
- tontura (58%)
- perda de apetite
- insônia
- falta de ar aos médios esforços

Normalmente no segundo ou terceiro dia da viagem você já estará aclimatado e esses sintomas diminuirão bastante, desaparecendo por volta de 5 dias. É muito importante, portanto, nesse período de aclimatação tomar algumas medidas para amenizar esses sintomas e evitar complicações, como o edema agudo pulmonar e cerebral. São algumas dessas medidas:

- Na altitude, principalmente com o clima seco da Bolívia, perdemos muito líquido. A hidratação deve ser reforçadíssima. Recomenda-se a ingestão de 3 a 4 litros de água diariamente nessas condições; portanto, garrafinha de água na mochila! Restrição na ingestão de sal e ingestão de uma carga maior de carboidratos é uma boa idéia.

- Nada de atividades físicas extenuantes nos dois primeiros dias...caminhadas leves. Se ficar muito cansado e ofegante, pare e descanse, se não melhorar, volte para o hostel. Se te convidarem para jogar bola, resista, não dá nem para jogar no gol!!

- Nada de subir ainda mais enquanto não estiver aclimatado. Acima dos 3800 metros recomenda-se no máximo mais 300 por dia, seja escalando ou de busão...ou seja, se vc chegou a La Paz em um certo dia e for ao Chacaltaya (a mais de 5000 metros) no dia seguinte, a chance de vc ter um edema pulmonar ou cerebral é gigantesca!!

- Nada de álcool ou cigarro!! Álcool desidrata e provoca mais tonturas e náuseas. O cigarro vai te atrapalhar ainda mais para respirar!!

Além dessas medidas comportamentais, há também a prevenção e tratamento medicamentoso:

- Se você vai sair do nível do mar e seu destino é uma cidade acima dos 3500m, como Cusco ou La Paz, há alguns medicamentos que podem ser administrados previamente e que, se não evitam os sintomas, pelo menos minimizam seus efeitos e, principalmente, evitam as complicações e aceleram a aclimatação:

* Acetazolamida (Diamox): recomenda-se a ingestão de 125mg 2 vezes ao dia (a cada 12 horas) um dia antes da saída para a altitude e segue até o segundo ou terceiro dia, na altitude. Essa substância é um diurético, que acidifica o sangue, fazendo com que respiremos mais rápido, facilitando na adaptação. A acetazolamida não mascara os sintomas, apenas minimiza, principalmente a falta de ar noturna (quando dormimos a frequência respiratória cai, e isso na altitude causa muitos problemas...). Por ser diurético, você vai ir ao banheiro por diversas vezes (mais um motivo para tomar bastante água, não vá ficar desidratado!) e pode ter um formigamento na ponta dos dedos e na face. Os refrigerantes e outras bebidas gaseificadas podem ficar com sabor estranho. Alérgicos a sulfa não podem tomá-la!!

* Dexametasona (Decadron): se você for médico ou for viajar acompanhado de um ou passar em consulta antes da viagem; alguns pesquisadores recomendam o uso de 4mg de decadron, de 12/12h no dia da viagem e no primeiro dia na altitude...eu não recomendo o seu uso sem supervisão especializada...a dexametasona, ao contrário da acetazolamida, mascara os sintomas, ou seja, você vai sentir-se bem, mas não ajuda na adaptação à altitude.

Para os sintomas do "Mal da altitude" recomenda-se:

- dor de cabeça : o Ibuprofeno (Alivium, Dalsy...), 600mg de 8/8h é normalmente a primeira escolha. Paracetamol (tylenol) e AAS também podem ser usados.

- Náuseas ou vômitos: O Plasil ou o Motilium podem ser usados. Evite o Dramin, como ele causa sono, a frequência respiratória diminui e pode piorar a falta de ar.

***Cuidado: Não use medicação para dormir!!! (Diazepam ou equivalentes). Esses remédios causam diminuição da frequência respiratória, e na altitude isso pode até mesmo ocasionar uma parada respiratória!!! Se estiver com dificuldades para dormir, tome um diamox (125 ou 250mg) pela noite, ele vai aumentar a frequência respiratória, propiciando uma melhor oxigenação noturna (apesar de acordar várias vezes para ir ao banheiro...)

Sinais de alerta:

- Tosse, com expectoração espumosa ou com sangue
- Falta de ar mesmo em repouso
- Perda de coordenação na fala ou motora
- Alterações visuais
- Excesso de fadiga, sonolência
- Alucinações

Se você começar a apresentar alguns desses sintomas, pode estar com Edema Pulmonar ou Edema Cerebral, nesse caso procure ajuda médica o mais rápido possível e DESÇA da altitude que estiver o mais rápido possível, de preferência abaixo dos 2500 metros.

Bom pessoal, espero ter ajudado a amenizar o "sofrimento" de quem vai fazer uma viagem para elevadas altitudes e que com essas dicas possam aproveitar mais a viagem.

Qualquer dúvida ou se quiserem perguntar alguma coisa a mais, estou a disposição, é só mandar um e-mail. Isso não é propaganda, não vou cobrar consulta, hehehe!!!( mesmo por que nem tenho consultório, trabalho em PS...). 

Abraço a todos!

Juliano Paes
Colaborador Fórum América Central / Fórum América do Sul : Argentina , Chile , Bolívia , Perú e Uruguai 
Dicas de saúde: Mal da altitude
Siga o Blog sobre nossa volta ao mundo em 2013 : http://um-mundo-pela-frente.blogspot.com.br/
 

VISITEM O SITE ABAIXO:

http://altamontanha.com/Artigo/1274/remedios-e-tudo-sobre-altitude

O que é o Mal da Montanha?

Mal da Montanha, também conhecido como doença das alturas ou hipobaropatia, é a reação do corpo à falta de oxigênio.

Isso acontece porque em altitudes mais elevadas há menos pressão de oxigênio. À medida que se sobe, uma diminuição gradual da pressão atmosférica e, consequentemente, também do oxigênio. A pessoa consome cada vez menos e aí o problema surge.

Os sintomas podem aparecer a partir de 2.500 metros acima do nível do mar e, quanto maior, mais rápido você vai notar e mais sofrerá.


Quais são os sintomas?

Algumas pessoas têm a sorte de se adaptar sem problema às alturas, mas outros começam a sentir sinais do Mal da Montanha logo no começo. Eles podem aparecer como:

Tontura;
Dor de cabeça (cefaleia);
Náuseas e vômitos;
Ausência de apetite;
Esgotamento físico;
Distúrbios do sono, que podem se manifestar como sonolência ou insônia, além da probabilidade de episódios repentinos noturnos de falta de ar, o que significa acordar, de repente, com falta de ar;
Cansaço ou fadiga física;
Distúrbios digestivos;
Agitação;
Falta de apetite.

Por outro lado, os casos graves podem causar edemas pulmonares e ou cerebrais.

Dicas para combatê-la

Se você tiver como, será uma boa ideia fazer uma aclimatação. Como? Fazendo um aumento gradual a partir de 2000 metros acima do nível do mar. Esta é uma ótima dica para aqueles que fazem caminhadas ou escala. Outra maneira é a descansar quando o destino for atingido e ficar sem fazer esforço, pelo menos, durante 24 horas. Outras recomendações são:

Dormir bem;
Comer frutas e carboidratos;
Evite bebidas alcoólicas, tabaco e tranquilizantes;
Beba muito líquido;
Agasalhe-se.

Não é incomum ouvir moradores e especialistas da região dando o seguinte conselho: “Beba antes de sentir sede, coma antes de ter fome, cubra-se antes de sentir frio e descanse antes da exaustão” . E se eles dizem, você deve seguir…


Tratamento

Mas se a doença de altura já está presente no viajante e os sintomas começam a preocupar, você irá ter que tomar algumas medidas para combatê-la para começar a desfrutar a sua estadia no destino.

Se os sintomas aparecem de forma leve, descansar por 24 ou 48 horas é o ideal, desde que seja acompanhada de uma hidratação permanente e uma dieta hiperglucídica. Claro que, muitas vezes, você pode perder até um ou dois dias de sua viagem, por isso poderá ter que apelar para outras formas de tratamento ou processo.

Uma outra opção é tomar mate ou chá de coca, que se encontram em hotéis ou pousadas. É preparado através da colocação de folhas de coca em uma xícara de água fervente. Você ainda pode comprar os saquinhos em supermercados como qualquer outro tipo de chá. Seu sabor é suave e palatável. Pode-se beber muito, mesmo quando os sintomas são muito fortes.

A outra maneira de consumir a coca é colocar as folhas em sua boca e engolir o suco amargo, ou ainda comer doces feitos com base nesta planta.

Enquanto isso, na ausência de oxigênio, uma opção rápida é colocar máscaras de oxigênio. A maioria dos hotéis tem essa opção para oferecer aos seus convidados. Os organizadores dos passeios levam tubos para atender a seus passageiros. Até mesmo os viajantes podem ser vistos carregando seu próprio tubo.

Mas, sem dúvida, o mais rápido e que ainda pode ser usado antes de começar a sentir os sintomas para evitar desconforto, é a pílula. Ela é encontrada sobre os balcões de qualquer farmácia. Leva cerca de oito horas para fazer efeito, mas garante ficar sem a doença relacionada ao Mal da Montanha. Existem algumas marcas, mas normalmente costumam levar Ácido Acetilsalicílico e Cafeína.

Quem não deve ser exposto à alta altitude e quem deve ter cuidado


Aqueles que não devem viajar para locais de grande altitude são:

As pessoas com doença cardíaca e/ou pulmonar crônica;

Pessoas com anemia;

Pessoas com distúrbios de coagulação do sangue e os que tem história de trombose na família;

Pessoas que tiveram edema cerebral causado pela altura e edema pulmonar causada pelo mesmo.

Enquanto isso, aqueles que devem ter muito cuidado são:

Pessoas com doenças cardíacas e/ou pulmonares tratados e que estão em boas condições;

Mulheres grávidas;

Crianças;

Aqueles com pressão arterial elevada;

Pessoas propensas a apneia do sono.
A injeção eletrônica sofre com variações de altitude e do tempo?

    Dependendo do tipo de injeção eletrônica da sua moto, ela pode sim se ajustar as condições ambientais de temperatura, umidade e pressão atmosférica. 



    Mas não deve ter ganhos e/ou perda significativa, ok ? Se vc sentir concretamente alguma diferença, certamente será fruto da variação da qualidade do combustível.

   Altitude e clima podem interferir na alimentação, mas, em motocicletas ou carros com sistema de injeção isso é corrigido pelo sistema. 



   Temperaturas extremas podem ocasionar falhas mesmo nesse tipo de sistema, mas, teriam de ser "Extremas", como 45, 50 graus, ou temperaturas sub zero(-20, -30 graus). Temperaturas negativas pelo congelamento e positivas extremas pelo superaquecimento. 

   Veículos com injeção não tem problemas em grandes altitudes, pois, a correção é feita suprindo o ar com maior carga de combustível.



  A injeção veio pra corrigir esse defeito dos carburadores.são vários sensores q corrigem mistura ar combustível,sonda lambida e etc.

FUNÇÃO DO ÁLCOOL NA GASOLINA:

      Somente p esclarecer, o álcool não esta na gasolina por a caso, ele cumpre a função de ANTI-DETONANTE, muito importante por sinal. Se vc usar uma mistura 100% gasolina o combustão se dará antes de atingir a taxa de compressão ideal, ou seja, a gasolina vai explodir antes da hora e o desempenho vai ser uma M.

   Na argentina, é usado CHUMBO para fazer esta função, altamente prejudicial ao meio ambiente e tal... sei q já tem gasolina sem chumbo la, porem, não sei qual anti detonante esta sendo usado.