domingo, 12 de abril de 2015


FAROL DE MILHA EM MOTO - CONSIDERAÇÕES

Postado por Black Horse Br (Clube do Motociclismo)


     Voltando um pouco aos temas mais técnicos, optamos por escolher um dos assuntos que volta e meia surge nas rodas de papos: faróis e iluminação.
     É bastante comum se ouvir falar em faróis de milhas, faróis auxiliares e faróis de neblina. Bom, auxiliares são ambos, tanto os de milha como os de neblina.
     Existe resolução do Contran para uso desses faróis nos veiculos e seu uso fora das especificações podem gerar multas. 
     Normalmente ouvimos falar de ambos os tipos de faróis como se fossem iguais, inclusive eu mesmo já ouvi a expressão " farol de milha com lente amarela". Bom, isso não existe.

     Vamos aos faróis de milha, que como o nome já indica, é uma iluminação para longa distancia. Obrigatoriamente deve ter luz branca ( ou lâmpada incandescente, considerada branca), e tem o desenho da lente liso ou ondulado VERTICALMENTE. Isso porque a ondulação auxilia focar a luminosidade no centro e a distancia. O farol de milha, SÓ projeta luz em linha reta e só devem ser utilizados conjuntamente com os faróis altos, auxiliando o foco a distancia. Por isso existe para carros a regulamentação de altura e largura de posicionamento.É proibido seu uso como iluminação principal, em substituição aos faróis normais do veiculo. No Brasil, a maioria dos faróis de milhas, são equipados com lâmpadas de 55W, o que é proibido em alguns países pelo seu poder de ofuscamento, sendo então utilizadas lâmpadas de 30W.

     Quanto aos conhecidos como faróis de neblina, ou caça buracos, já começa por terem quase sempre sua lente amarela, o que facilita vencer a densidade da neblina ou poeira. Tem uma emissão de luminosidade HORIZONTAL, por isso, geralmente tem as ondulações das lentes, horizontais. Ao contrário do milha, ele espalha o facho de luz a curta distancia e direcionada a frente e laterais do veículo, para facilitar a visibilidade das faixas e olhos de gatos da pista. Pelo fato de jogar a luz "por baixo" da neblina, que fica a cerca de 30 cm de altura do asfalto, SÓ PODEM serem fixados na parte inferior dos para-choques dos veículos. No caso das motos o mais baixo possível fixados ao mata cachorro. Podem regulamentarmente, serem brancos ou amarelos e em nenhuma hipótese podem ser utilizados como iluminação principal.

     Ambos os faróis são auxiliares, e como tal somente devem ser utilizados em situações de necessidade. Basicamente o farol de milha, para melhor visibilidade alta e a distancia, e o farol de neblina para visibilidade abaixo da frente do veículo ( menos que o farol baixo) e lateralmente.

     Em carros a normatização é bem claro quanto a instalação desses faróis auxiliares ( quando não são originais de fabrica), e muitas vezes vemos pessoas sendo autuadas, mais por desinformação, do que por erro voluntario, como o caso de caminhoneiros que instalam quatro faróis de milha ou de neblina juntos, à frente dos veículos.
     No caso de motos, a utilização deve seguir as mesmas diretrizes, ou seja, faróis de milha, usados com o farol alto, em estradas sem iluminação, devendo ser desligado ( usando farol baixo) ao cruzar outro veiculo. Faróis de neblina, usado em condições severas de visibilidade, quando o farol baixo estiver em uso. Não ha necessidade de desliga-lo ao cruzar outro veiculo.
     O uso fora dessas situações, pode, gerar autuação do condutor. Faróis auxiliares não servem para sinalizar motos, sob alegação de aumentar a visibilidade. Isso deve ser feito com o uso direto do farol baixo e lanterna traseira.

     Quando se fala "Um farol alto mais forte", entenda que estamos nos referindo a colocar uma lâmpada mais forte no farol original. Neste caso melhora a luminosidade, mais não o alcançe, pois a lente e o refletor são projetados para a luz baixa e alta. No caso de um farol auxiliar de milha, ou longo alcançe, este é projetado para "focar longe", o que amplia o alcançe do farol alto original. O ideal é instalar um par de milhas - ou longo alcance, junto com a chave de luz alta, deixando um interruptor exclusivo para o caso de querer mantê-lo desligado.


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